Miséria: Cidades do Maranhão estão entre as piores para se viver no Brasil
Maranhão
O quesito qualidade de vida ainda representa uma realidade distante para os maranhenses. O site Indicadores Internacionais de Desenvolvimento Humano (UNDP), que apresenta um ranking das melhores e piores cidades do país para se viver, com base no IDHM, apresentou vinte cidades maranhense como algumas das piores do Brasil.
Os números do UNDP representam um retrato de um antigo problema: a desigualdade social. Das 100 cidades brasileiras classificadas como as melhores para se viver no país, nenhuma está em território maranhense.
Na comparação diametralmente oposta, no ranking das 100 piores cidades do país para se viver, vinte são do Maranhão. Fernando Falcão, Marajá do Sena, Jenipapo dos Vieiras, Satubinha, Água Doce do Maranhão, Lagoa Grande do Maranhão, São João do Carú, Santana do Maranhão, Arame, Belágua, Conceição do Lago-Açu, Primeira Cruz, Aldeias Altas, São Roberto, São Raimundo do Doca Bezerra, Pedro do Rosário, São João do Sóter, Centro Novo do Maranhão, Itaipava do Grajaú e Santo Amaro do Maranhão são os municípios que constam no ranking negativo.
Embora o IDH não sirva para medir a qualidade de vida propriamente dita de uma cidade ou nação, traz índices do tripé educação, expectativa de vida e renda per capita, itens essenciais para traçar a qualidade de vida de uma população.
ASSISTA AQUI À REPORTAGEM COMPLETA DO REPÓRTER RECORD NA ESTRADA DA FOME DO MARANHÃO
O Repórter Record Investigação percorreu a Estrada da Fome para mostrar quem são as pessoas que sobrevivem à base de farinha e água suja no Brasil. Muitos deles, infelizmente, vivem no Maranhão, em municípios como Belágua (o mais pobre do país, onde a presidente Dilma Rousseff teve a maior votação proporcional), Centro do Guilherme (maior porcentagem de miseráveis), Marajá do Sena e Fernando Falcão.
Eles ainda são “invisíveis” para as autoridades brasileiras, mas têm nome e sobrenome; são, facilmente, localizados e não possuem absolutamente nada para comer. São adultos e crianças em condições de extrema pobreza, sendo a situação mais crítica localizada no interior do Maranhão. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de sete milhões de brasileiros ainda passam fome no país.
Após três meses de investigação, os repórteres Daniel Motta e Heleine Heringer enfrentaram quase cinco mil quilômetros de estradas esburacadas e de terra para chegar às cidades mais isoladas e pobres do Brasil.
O programa mostrou depoimentos inéditos sobre a luta permanente e desesperada dessas famílias para conseguir se alimentar e revela a face mais cruel da fome: a exploração sexual de meninas em troca de comida.
Em uma entrevista exclusiva, o programa jornalístico exibe ainda entrevista exclusiva com um homem que cometeu essa brutalidade.
Cidade do Maranhão que deu maior votação proporcional para Dilma tem o pior IDH do Brasil
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A pequena e pacata cidade de Belágua, no Maranhão, apareceu novamente, na história eleitoral do Brasil, como a que deu a maior votação proporcional para a presidente Dilma Rousseff, no primeiro e segundo turnos. Trata-se do município com o menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do país, onde imperam a fome e a miséria.
O curioso é que há quatro anos, o mesmo aconteceu. E o governo Dilma, mesmo obtendo lá a maior votação proporcional também na eleição passada, ali nada fez para tirar o município maranhense desse quadro de pobreza extrema que perdura até hoje.
Dilma obteve 93,93% dos votos, contra menos de 7% dados para Aécio Neves. a Petista ganhou mais de 3 mil votos. O tucano pouco mais de 200 votos.
A cidade comemora até hoje a vitória e o o fato de ter sido a campeã de votos dados para a reeleição da presidente.
Poucos dos eleitores foram para suas roças por causa das comemorações nas ruas esburacadas, nos bares que parecem taperas, na única praça da cidade e nas poucas sujas e enlameadas avenidas. Comemora-se também na única igreja católica.