Histórias de um artista pernambucano....

Histórias de um artista pernambucano....


Novinho da Paraíba



Novinho da Paraíba nasceu em 12 de maio. Natural de Monteiro-PB, Novinho da Paraíba sempre foi um autodidata naquilo que melhor faz: cantar e tocar sanfona.
Teve o primeiro contato com o instrumento quando ainda contava cinco anos de idade.
É um cantor/sanfoneiro nascido na Zona rural de Monteiro na Paraíba, exatamente no sítio Riacho onde desde menino se alimentava de cuscuz, macaxeira, rapadura, xerem, com leite, pão doce, batata doce, caldo de cana, bolacha praeira, carne de boi, de bode, galinha de capoeira, capão e frutas da região como manga espada/rosa, araçá, goiaba, banana, melancia, etc.
Ainda hoje Novinho da Paraíba conserva esses costumes alimentícios. Sempre que pode, e onde estiver busca esses tipos de alimentação.
O Início de tudo
Novinho da Paraíba quando menino estudava no grupo escolar Rafael de Meneses, onde sua professora D. Lúcia percebia no garoto de apenas 5 anos o quanto era dedicado, capaz e inteligente. Seus pais o Senhor Antero da Silva e Dona Antonia Bezerra da Silva viviam super felizes com a capacidade de aprendizado do filho que quando chegava da escola, as vezes nem almoçava e corria alegremente para o terraço da pequena e aconchegante casa de taipa e pegava o harmônico, "sanfona de oito baixos" escondido dos pais.
Sanfona esta que foi deixada por seu padrinho provisoriamente em sua casa numa tarde de chuva. Novinho pega a sanfona que não era sua e, escondidinho começa a dar as primeiras notas musicais.
No entanto, certo dia, o seu padrinho veio buscar a sanfona e o encontrou já tocando. A emoção foi tão grande, que o seu padrinho encantado e emocionado deu a sanfona de presente.
Sempre que podia, ia também para a roça ajudar o pai a cultivar a terra que plantando garantia o sustento da família e ainda levava para a feira produtos os mais diversos colhidos nas terras da família.
Na feira
Quando estava na feira juntamente com seu pai, Novinho da Paraíba dava uma saída de mansinho e corria para junto das "barracas" improvisadas. Notadamente as de alimentos e bebidas onde o sarapatel, mão de vaca, guisado de bode e de boi, cachaça, vinho, conhaque de alcatrão, fígado de alemão, peixe frito especialmente piaba, traíra, cascudo e mussum de coco corria solto.
Mas o que Novinho da Paraíba queria mesmo era escutar o som da sanfona, da zabumba e do triangulo. Os famosos Trios Regionais Nordestinos, que na maioria das vezes dava ressonância em toda a feira. Dependendo da sanfona do sanfoneiro se o mesmo fosse famoso.
Naquela época, esses trios tocavam na feira sem nenhum tipo de sonorização ou iluminação. O cantor coitado cantava e às vezes tocava sanfona, zabumba ou triangulo e ainda cantava a seco, na tora. Sem microfone. Tomava uma "lapada", comia um tira gosto e soltava o vozeirão. E tome Forró, Xote, Xaxado, Baião, Lamento sertanejo e Aboio.
As mulheres dançarinas de forró iam aparecendo, começavam a tomar aperitivos, piscavam o olho, ficavam arrepiadas e pronto. Começam a "forrozar" com seus pares prediletos. A poeira subia, o suor chegava a "inhaca" também.
Forró danado de bom tem que ter cheiro de povo, de cachaça, de cabelos molhados de suor e poeira promovidos pelas chinelas e alpercatas dos dançarinos.





  1. Santanna, o Cantador
    Cantor
  2. O Cantador, também conhecido só por Santanna, é um cantor e compositor de forró cearense. Em 1984, conheceu Luiz Gonzaga, de quem se tornou amigo particular. Participou de vários shows seus, fazendo a abertura e em seguida, fazendo vocal.
Em uma entrevista aos ForrozeiroPE disse:

ForrozeirosPE: Como começou a sua carreira?

Santanna “O Cantador”: Abrindo shows para Luiz Gonzaga, O Rei do Baião e em seguida fazendo vocal pra ele.

ForrozeirosPE: Quem lhe influenciou a ser artista?

Santanna “O Cantador”: O Rei do Baião.

ForrozeirosPE: Como você se sente com o reconhecimento do público que sempre te acompanha?

Santanna “O Cantador”: Emocionado e ciente de que estou no caminho certo.

ForrozeirosPE: Como você avalia o forró de hoje?

Santanna “O Cantador”: Está se consolidando cada vez mais, principalmente porque hoje há mais união e mais cooperação entre os forrozeiros. Há também uma maior capacitação.


ForrozeirosPE: Bandas de má qualidade têm sido muito prejudiciais na evolução do gênero?

Santanna “O Cantador”: Eu prefiro dizer que o certo é certo em qualquer época e em qualquer lugar do mundo e que a verdade, além de moderna, sempre prevalecerá.


ForrozeirosPE: Por que nos seus shows você sempre declama poesias?

Santanna “O Cantador”: Houve um pensador cujo nome não me recordo agora que disse: “A História conta o que aconteceu e a Poesia conta o que deveria acontecer”. 


ForrozeirosPE: Quais as músicas que os fãs mais pedem para tocar em seus shows?

Santanna “O Cantador”: Ana Maria; Tamborete de Forró; Xote Universitário; A Natureza das Coisas (Se Avexe Não) e Me Dá Meu Coração.


ForrozeirosPE: Qual a sua influencia com o rei do baião, Luiz Gonzaga? Comente.

Santanna “O Cantador”: Luiz Gonzaga foi o maior artista brasileiro. Foi inventor, ator, cantor, cantador, percussionista, violonista, baixista, instrumentista de sopro, sanfoneiro, compositor, poeta e além de tudo isso um gênio. Influenciou não somente a mim, mas, praticamente a todos os artistas brasileiros.


ForrozeirosPE: Gravar um disco deixou de ser um bom negócio financeiro?

Santanna “O Cantador”: Sim. Devido à falta de proteção dos poderes públicos. A pirataria está cada vez mais livre e não há vontade política para a resolução desse mal.

ForrozeirosPE: Explica para gente, o que é a Sociedade dos Forrozeiros Pé-de-serra E Ai? 

Santanna “O Cantador”: É uma entidade idealizada por Laelma Fraga Carvalho cujo objetivo é informar e capacitar o forrozeiro. Conseqüentemente é também uma espécie de gerenciadora do nosso forró. A idéia surgiu a partir do momento em que eu e Laelma notamos as dificuldades de saber do interior do mundo do show business: documentos (nota fiscal, cartão de visita, mapa de palco, proposta de show etc.), formação de preço de cachê, indumentária, proposta musical, custos para a realização de eventos, transporte etc. Depois que descobrimos o funcionamento desse mundo resolvemos dividir esses conhecimentos com os nossos pares. Para a materialização da Sociedade houve antes dois anos e meio de debates. Hoje ela está aí sob a presidência da nossa querida Tereza Accioly e dando apoio a todos os forrozeiros voltados para a cultura popular. 


ForrozeirosPE: O que você acha de termos em nosso estado um site de entretenimentos dedicado exclusivamente ao público que aprecia o forró pé-de-serra?

Santanna “O Cantador”: Pernambuco é tão plural que no seu nome nenhuma das letras se repetem. Haja cultura popular. E o universo forrozeiro é muito vasto e sendo assim é imprescindível o apoio de um site como esse para a divulgação do nosso forró. Com esse site estamos tendo a certeza de que a nossa contribuição para a melhoria do nosso planeta está sendo dada, pois, além de unir as pessoas o forró contém nas suas letras uma proposta poético-filosófica.






ISRAEL FILHO27/5/1953 (Caruaru)

 Suas raízes musicais vem de um tio materno, que era trompetista e tocava na Banda Nova Euterpe, de Caruaru, e de sua mães e uma tia, que cantavam muito bem, entoando hinos  em festas religiosas. Na infância, encantava-se com as músicas de Luiz Gonzaga.
Depois de rapaz, recebeu influência dos ídolos do yê yê yê, entre eles Reginaldo Rossi, Roberto Carlos e Renato e seus Blue Caps, o que contribuiu para o seu ingresso em conjuntos musicais como o Tropical 5 que, à época, animava as festas da juventude caruaruense.
Em 1971, começou a cantar e a se acompanhar ao violão, em boates e clubes noturnos.
Daí por diante, sua carreira esteve  sempre em ascensão.
Em 1979, tornava-se figura marcante no famoso Forró Cheiro do Povo, de Olinda, assistido e aplaudido por milhares de pessoas que nos finais de semana buscavam distração.
As composições surgiram no início dos anos 1980, quando estourou nas paradas de sucesso com Flor nordestina, música constante do seu 1º LP.
Logo, em 1985, veio o segundo disco, gravado pelo selo Polygram, Sabor de framboesa, numa produção de Osvaldinho do Acordeão, com participação especial de Dominguinhos.
Não demorou a sair o seu terceiro disco, pela mesma Polygram, em 1987, recheado de xote, baião e arrasta-pé.
Finalmente, surgiu a oportunidade de um lançamento nacional, a ser realizado me São Paulo e no Paraná, onde era grande a sua popularidade.
Em 1990, conquistou o Prêmio Sharp como revelação da música regional brasileira e, no ano seguinte, em São Paulo, conquistou os prêmios de Melhor Letrista e de Revelação do novo Festival da TV Record, de 1991, realizado no Olímpia, em fevereiro de 1992.
Depois disso, ainda em 1992, veio seu primeiro CD, Saudades de Gonzagão, uma homenagem ao Rei do Baião. Essa gravação foi fundamental para a sua classificação entre os finalistas do Prêmio Sharp, na categoria de Melhor Cantor Regional.
Em 1994 lançou seu segundo CD, Amigos pro que der e vier, que lhe abriu um campo ainda maior de sucesso, desta feita na região Centro-Oeste do país.
Foi convidado para uma turnê que incluía mais de dez shows em apenas 15 dias, por todo o estado de São Paulo.
Uma roupagem nova foi dada por ele à música Disparada, de Geraldo Vandré, o que lhe rendeu a classificação como intérprete, no Prêmio Sharp de 1997.
No ano seguinte lançava seu quarto CD, Pose de valente,  que lhe valeu o reconhecimento do Rio grande do Sul, como compositor e intérprete, ao participar como destaque do 13º Grito da Canção Nativa, um evento dos mais importantes da Música Popular Brasileira. Interpretando a canção Pra ganhar seu coração, de sua autoria, conquistou ainda mais o coração dos gaúchos.
Compositor dos mais inspirados da música regional brasileira, Israel Filho produz uma música que se divide entre o rural e o urbano, sempre consciente de sua importância social e cultural nos caminhos de sua gente.
Outras obras
O cheiro da saudade; Tu, em parceria com Cristiane Lima; Amor Eterno; Chorou Coração, em parceria com Jesuíno; Doido coração, Morena minha morena; O homem do rifle; Pesadelo collorido; Morena; A canção do sabiá; Mandacaru (Flor nordestina). Pose de valente, Sete quedas.

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