Candidatos a deputados Estaduais e Federais abusam do Photoshop e ruas da cidade são invadidas por legião de políticos plastificados!
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Menos convincentes do que promessas de político em período eleitoral, só mesmo as fotografias deles estampadas em santinhos, panfletos e cavaletes que inundam todos os estados do brasil. O Photoshop - programa para edição e tratamento de imagens - colocou pelas ruas da cidade uma verdadeira legião de candidatos “perfeitos”, com dentes brancos, sem rugas e livres das linhas e marcas de expressão. Alguns ficam tão encantados com os milagres proporcionados pela tecnologia que acabam irreconhecíveis.
Eleitos pelo Photoshop
Tratamento de imagem se torna obrigatório para confecção do material de campanha dos candidatos. Uma foto “photoshopada” pode custar até R$ 3 mil para majoritários
Pele sem manchas, brilho, marcas de expressão, rugas ou olheiras. Bochechas e pescoço afinados. Cabelo alinhado, sorriso digno de propaganda para pasta de dente e nenhum defeito aparente no formato do rosto. Não é assim que o cidadão comum vê, na vida real, o político que entrega panfleto, folder, adesivo ou santinho com imagens nesse formato a possíveis eleitores. Mas, não importa, o primordial é ficar bem na foto. Mesmo que se pareça alguém que não si mesmo.
Foi-se o tempo em que usar e abusar de recursos para tratamento de imagens fotográficas era coisa do universo da moda. Hoje em dia, candidatos a cargos eletivos deixam modelos, artistas e manequins com o ego no chão quando o assunto é tecnologia fotográfica. São tantas e cada vez mais especializadas as ferramentas para garantir a perfeição da imagem no papel, que virou caminho obrigatório para políticos a adesão à supremacia de qualidade garantida pelo semideus Adobe Photoshop.
O resultado que gera rostos tão impecáveis nos leva, por exagero de um breve momento, a questionar se seria o fim do boom das cirurgias plásticas, dos peelings ou tratamentos com botox. Pelo menos durante o período de campanha eleitoral, não seria de espantar que uma pesquisa quantitativa apresentasse um cenário com decréscimo de procura por atendimento estético em clínicas especializadas. Afinal, os cirurgiões plásticos da fotografia são hoje tão requisitados quanto os cirurgiões plásticos da medicina.
Ironia à parte, há trabalhos excepcionais e, o melhor, sem risco à saúde de quem passa pelo “tratamento”. Adobe Photoshop se transformou no elixir da juventude para políticos, e ficar fora do processo parece não ser bom negócio.
Profissionalismo
Atualmente, não tratar pelo menos o mínimo uma fotografia é o mesmo que deixar o candidato ser exposto ao ridículo. A sentença é do proprietário da Clic Digital — empresa no mercado desde 1995 e conceituada no trabalho com campanhas políticas —, Célio Chavier. Fotógrafo há mais de 25 anos, Chavier é uma das referências em clicar políticos. Neste ano, afirma que fotografou mais de 120 candidatos e boa parte deles do PMDB, como o próprio governadoriável Iris Rezende e sua mulher, a deputada federal candidata à reeleição Iris Araújo.
Célio diz que, em sua agência, o critério imprescindível é lidar com limites de bom senso para cuidar da imagem de clientes, sem desconfigurá-los. “O trabalho é sempre melhorado, mas temos limites para não desconfigurar o candidato. Não podemos transformar, por exemplo, uma pessoa de 70 anos numa de 40.” Mas nem sempre a orientação do especialista é acatada, Célio explica que, muitas vezes, o marqueteiro ou o próprio candidato insistem em utilizar ao máximo os recursos que garantem a imagem aparentemente perfeita. E aí mora o perigo. “Quando há desconfiguração, foi a pedido do candidato ou do marqueteiro do candidato”, diz.
No entanto, Célio ressalta a importância do avanço tecnológico na área fotográfica. “A fotografia de candidatos está ficando menos formal e mais moderna. Estamos sofisticando, usando nuances de luzes e sombras que antes não utilizávamos. Se existe a tecnologia, é para ser usada, mas sem exagero. A expressão e a naturalidade do candidato são o que contam na foto”, salienta. Cada foto com tratamento, segundo Célio, é vendida em média por 700 reais.
Milton Cury, proprietário do estúdio que leva o mesmo nome do fotógrafo, foi o responsável pela fotografia e tratamento de imagem de políticos como Neyde Aparecida (PT), candidata à deputada federal (sequência no alto da página). Milton também explica que sugere o limite que garanta a manutenção da identidade visual do fotografado, mas é mais ousado: opta sempre pela melhor aparência dos clientes nas imagens.
“Já temos um padrão de trabalho. Podemos amenizar algumas distorções, mas não podemos, por exemplo, retirar pé de galinha. A gente faz o básico, se não reclamarem a gente não mexe mais do que o necessário.” Milton afirma que cobrou em média R$ 1 mil de candidatos à vaga de deputado e R$ 3 mil de candidatos a cargos majoritários.
Aqui em pernambuco a coisa não fica de fora, parece todos já entraram na onda. mas perderam o prumo das coisas, onde Moral e ética não existem mais tudo agora em nome do exagero.
Exagero é a piada do momento!
Não se espantem se por acaso ver essa foto por aí dizendo assim: "Vote em fulando da silva 1000 esse sim é " O CARA"
Candidato a Deputado Federal o homem de muitissimos amigos
Hora! se seu candidato não mostra a sua "cara" Minha cara e meu Caro$ "Eleitor" está bem "claro" as suas intençoes!