Sô que saudade Inesita, tu nunca mais serás esquecida pois tem quem perpetue tua história musical.
Valeu Bruna!
O Brasil agradece.
Com 86 anos de vida e 60 de carreira profissional, Inezita Barroso é rainha incontestável do folclore musical brasileiro, como demonstra o grande número de clássicos enfileirados na caixa recém-lançada O Brasil de Inezita Barroso, que agrupa seis de seus primeiros discos, lançados originalmente entre 1955 e 1961.
Da São Paulo de “Lampião de Gás” ao Pará de “Uirapuru”, do Ceará de “Luar do Sertão” ao Rio Grande do Sul de “Prenda Minha”, parece não haver estado do país que ela não tenha acariciado com sua voz de trovão. Cantora de todas as regiões, ela unificou os interiores todos do Brasil, sob o apelido de “cantora caipira” – mesmo sendo uma paulistana da Barra Funda, de família rica de fazendeiros.
Vanguardista desde pelo menos 1954, quando terminava a “Moda da Pinga” trançando as pernas “de braço dado com dois sordado”, Inezita nunca abriu mão da luta em favor da condição feminina na música brasileira. Do mesmo modo, misturou cantos indígenas, africanos e europeus sem preconceitos e sem criar falsas hierarquias entre eles.
Tampouco parou no tempo em qualquer tempo de sua história – nem agora, quando, oitentona, participou da entrega do Troféu Sexo MPB e assistiu, sorridente e feliz, a apresentações do rapper mineiro Flávio Renegado e da tecnobrega paraense Gaby Amarantos.
0 Comments:
Postar um comentário